domingo, 3 de novembro de 2013

4:23 AM

Deitado no escuro, dormente
Não consigo expulsar este pensamento ardente
Que normalmente me faz sorrir e sonhar
Agora já não vejo o verde-mar

Sem dormir, sem acordar
Fico sozinho no escuro com meu pesar

Na penumbra, sinto um cheiro
Impregnado em um lençol de lembranças
O mais agradável dos perfumes,
Mas agora destrói minhas esperanças

Sem dormir, sem acordar
Fico sozinho no escuro com meu pesar

O lençol é quente e aconchegante,
Mas agora parece frio e sufocante.
Por quê agora o tormento ?
Onde antes não havia tal sofrimento

Sem dormir, sem acordar
Não estou pronto pra parar de lutar
Pois mesmo sem a achar
Nunca vou desistir da visão verde-mar

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Lágrima num copo d'água

O peso da impotência
E a aurora da mágoa.
A súplica da clemência
E uma lágrima num copo d'água.

E quando deito em meu leito
Sou perseguido por meus pensamentos
E os enfrento de meu próprio jeito.
Mas no final sofro mil tormentos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Única

Centenas de estrelas brilhando no céu
Iluminando o caminho à minha frente.
Na verdade, a visão é bloqueada por um véu
Que, pela luz, é retirado de repente.

Pois mesmo com aquelas centenas de estrelas
Eu ainda estava na escuridão.
Sempre estive andando por ruas paralelas.
O meu caminho era uma ilusão.

Pois a estrela que mais brilha mostrou-me o caminho.
Por sua luz andei a real estrada
E já não me senti sozinho.
E então segui a luz da minha estrela amada.

Sua luz me chama
E desvio o olhar da estrada.
Por sua luz meu coração clama,
Tento não olhar, mas sua luz é encantada.
Brilha branca e muda para esmeralda pálida,
E desvia meu olhar da grande estrada.

Às vezes sua luz se apaga
E me sinto nu e sozinho no vazio.
Aquelas centenas de estrelas não me servem pra nada!
Para mim, apenas a pálida esmeralda.
Não vejo nada e na solidão sinto frio.

E depois de um tempo sua luz volta,
Mais bela e brilhante, a esmeralda pálida.
Aquela que meu coração não solta.
E de novo vejo a estrada.

Por quê ? Entre centenas de estrelas
A mais distante é a mais brilhante ?
A quase inalcançável estrela de meus sonhos.
No meu peito um calor escaldante,
Sempre que olho minha estrela.

E a luz de nenhuma estrela
Poderá substituir a minha distante.
Com seu brilho forte e verde calmante.
A esmeralda pálida de luz pulsante.

Longe ainda a estrela está
Mas não desistirei
Pois ela já não é a que mais brilha.
Para mim, é a única que brilha. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tédio

Agora já tarde deito na cama.
Não consigo dormir,
A vida me chama.
Está muito tarde, não posso sair.

Lençol e travesseiro
Que conforto para a cabeça.
Mas o cerébro é traiçoeiro,
E me prega uma peça.

Dormir agora quero,
Sai de mim, pensamento!
Amanhã é chato, um dia mero!
Mas quem sabe o que me salvará deste tormento....

Saudade

Agora já se foi setembro.
Apenas de um sopro me lembro.
Tudo mais se reduziu e me deixou louco.
E negado o suspiro, me foi imposto o sufoco.



E então o sopro vira um vento...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Bright Eyes

Músculos congelados e mente ignorada.
O feitiço da mudez e o encanto da visão
Causados pela pálida esmeralda.
Isso só pode ser uma ilusão.

Uma prisão sem barras ou cadeados.
Atraído por surpresa,
Com sentimentos emaranhados
Por sua beleza.

Não posso desviar o olhar
Da visão do verde-mar.
Mais preciosa que qualquer jóia já lapidada,
Aquela que por infinitas estrelas é iluminada.

Daquela que é mais bela

Aqui vai o relato de como vejo aquela que é mais bela, e daqui para frente não chamarei mais nada de belo, a não ser ela.
Olhos claros, verdes e brilhantes,
Calmantes, maravilhosos.
Um olhar distraído e ao mesmo tempo penetrante.
Seus cabelos lisos de rio de chocolate
Chicoteiam e descem
E parecem negros em contraste com sua pele.
A pele pálida como praias brancas
Molhadas pelo leve toque da brisa de um belo amanhecer.
Então você vê.
Sim, um sorriso reluzente que faz
Com que ela pareça uma estrela cadente
Que caiu sob forma de mulher nesta
Terra indigna de sua presença.
E o objetivo de sua existência é fazê-la feliz
Para ver aquele sorriso outra vez,
Nem que seja a última.
A claridade e pureza de sua voz
Substituem a música e esquentam seu interior
Como uma lareira numa noite fria de inverno.
E as palavras não podem descrever o que senti
Durante nossos breves encontros.
Sem ela estou sozinho e a tristeza reina em meu coração.

Silêncio



O nada! O nada!
Não faço nada!


Apenas paro e escuto
Àqueles que são mais talentosos.
Mas ainda sou resoluto.
Flashes de cores e vários rostos.


Se acha que desistirei, está muito enganada!
Com minha determinação sou capaz.
Mas por medo da falha e da derrocada
Me retiro e a deixo em paz.


O silêncio e o tormento,
A espera e o vácuo.
Fico só, em desalento.
Enfrentando meu destino árduo.